Este blog tem o objetivo de mostrar que defensores de animais são contrários ao racismo e quaisquer formas de preconceito e discriminação.

domingo, 4 de novembro de 2007

Advogado Esclarece Alusões a Imagens Históricas




TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES.

Para conhecimento de qualquer um, cito as leis brasileiras que estarão envoltas neste artigo como fruto de pesquisa e aprofundamento.
· Artigo 3º da Constituição Federal, especialmente, seu inciso IV.
· Artigo 5º da Constituição Federal, em sua totalidade, “caput” e incisos.
· Lei 7.716 de 05/01/1989, alterada pela lei 9.459 de 13/5/1997.
· Artigo 20º da Lei 7.716 de 05/01/1989, já atualizada pela lei acima dita.



Primeiro sito que o título da matéria não me pertence. Pertence ao grupo Educacional, grupo de ensino atuante no ramo em nosso país. Pertine ao preconceito.


Inegável, que este artigo tratará do acontecimento em torno das imagens colocadas no sítio eletrônico:

www.holocaustoanimal.org, sítio do movimento social em defesa dos direitos dos animais, e a comunidade negra e judaica, mais especificamente a primeira, em função de representação judicial distribuída ao Ministério Público pelos integrantes e dirigentes do movimento social em defesa da raça negra, sítio eletrônico: www.afropress.com , agência afro-etnica de notícias.


(...)


Diz o artigo 20º da Lei 7.716/89:
“...
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (
Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
...”


Em análise estritamente jurídica, não podemos como seres humanos, o Estado disse isso, praticar preconceito racial, induzir preconceito racial, ou discriminar.


Praticar. Pôr em prática ; REALIZAR. Induzir. Levar (alguém) a agir ou pensar de determinada forma. Incitar. Encorajar ou instar (alguém) a (realizar algo) ; IMPELIR.Discriminar. Manter(-se) grupo ou pessoa à parte. Estes conceitos da língua portuguesa são do dicionário Caldas Aulete.


Em apertadíssima síntese, não me parece, posição singela, isolada, e pessoal, que imagens históricas, imagens que demonstram a crueldade específica desta espécie animal que são os seres humanos, imagens de ícones e heróis de uma luta racial como a Escrava Nastácia, ou os judeus anônimos nos campos de extermínio nazistas, em analogia ao sofrimento existente e inegável dos animais não humanos, seja preconceito. Assim, para mim, não há crime.


Pode ser péssimo gosto. Atitude reprovável. Entendo mesmo que a analogia é sempre perigosa. Muito mais para quem lê, vê e sente. Nós como animais, sentimos. E externamos dor física e moral.


(...)

Numa sociedade plural, aqueles que não compartilham de minha opinião devem ser respeitados. A liberdade de expressão deve ser respeitada também. O respeito a culturas e entendimentos diferentes ao meu, também. Ora, então como agir??? Com diálogo. Com discussão. Com respeito. Sem violência. Posição exposta por George Guimarães, Dirigente do VEDDAS .

Somos seres que permanecem em evolução. Precisamos entender que, não havendo uma conotação jocosa e sim meramente explanativa da aflição e crueldade atinente aos animais, a alusão às imagens históricas colocadas não são posturas criminosas.

Nossa história enquanto espécie humana, não pertence ao movimento judeu ou negro. Pertence aos seres humanos. E se fomos cruéis, insanos, vaidosos, ego centristas, devemos repudiar na totalidade estas posturas.

Não gostei das imagens expostas. Entendo como ser humano, que estampar a violência histórica perpetrada pela raça humana, só gera ódio, desatino e desconhecimento. Posição minha.

Mas defendo a postura de qualquer expressão. Até para exercer a crítica. Até para fazer a reflexão necessária.

Para tornarmos a fazer, deste planeta, um lugar melhor. Um universo de paz.
Abs,


ROGÉRIO S. F. GONÇALVES
advogado - OAB/SP nº 88.387
Rua São José do Barreiro, 290 - Mooca -
São Paulo/SP - CEP 03179 -050 - Te/Fax: 6606-4969

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Feliz Dia Mundial Vegano!

Hoje, primeiro de novembro, é o Dia Mundial Vegano.

Nossos parabéns a você, que não consome produtos de origem animal ou que foram testados em animais (como cobaias), nem na alimentação nem em nenhuma outra situação. Parabéns a você, que é verdadeiramente Abolicionista pela Libertação Animal, e pelo fim do Holocausto Animal, e que tenta viver de acordo com os Direitos Animais (o que inclui os Direitos Humanos, pois humanos são animais, mesmo que neguem ou se achem superiores).

Parabéns a você que, POR AMOR AOS ANIMAIS, quebra padrões preconceituosos que recebemos da sociedade, e luta contra o Especismo (ou seja, o preconceito por espécie, como se nós fôssemos melhores que as outras espécies, como se nós tivéssemos direito de usá-los como se não fossem pessoas, como se fossem escravos, comida/carne, etc.). MUITAS FELICIDADES a você, ativista totalmente vegetariano, que sabe que o preconceito, seja lá qual critério assuma (espécie, cor da pele, orientação sexual, etc) NÃO é conveniente.



Nesses 63 anos desde que o termo VEGAN foi cunhado nós conseguimos muito, e hoje estamos espalhados por todo mundo, combatendo injustiças, levando conscientização, e, acima de tudo, PAZ, muita paz. FELIZ DIA MUNDIAL VEGANO! Mas, como esse blog não é sobre veganismo em geral, nessa data comemorativa que nós, veganos, temos, vou me ater ao tema do blog: a relação do veganismo com a aceitação das pessoas, não importando se é uma pessoa canídea ou uma pessoa humana de pele escura, pois não podemos tolerar nenhuma discriminação. Nosso objetivo, como veganos e abolicionistas, é defender os direitos de todas as pessoas (animais, inclusive humanos).

Seguem alguns exemplos de ONGs norte-americanas que são constituídas de afro-descendentes e defendem os Direitos Animais (pelo abolicionismo vegano). Os exemplos a seguir são todos norte-americanos pois, aqui no Brasil não há essa segregação de igrejas de negros/brancos, ONGs de negros/brancos, escolas de negros/brancos, etc. Certamente o racismo contra os negros é mais forte nos EUA, e, mesmo assim, essas e outras dezenas de ONGs não vêem contraditoriedade entre defender os Direitos dos Animais e sua Libertação, assim como defenderiam sempre o Abolicionismo pelos afro-descendentes e seus Direitos.

Vegetarianos Negros (geral):
http://www.blackvegetarians.org/aboutus/index.htm
Reparem que na abertura está escrito: "There are so many reasons to fight for animal rights...", tradução: Há muitas razões pra lutar pelos Direitos Animais.
Black Vegetarian Society of Texas: http://www.bvstx.org/aboutus.html
Black Vegetarian Society of Georgia: http://www.bvsga.org/about.php

E, por fim, um ótimo exemplo ou sugestão de fórum vegano de negros: http://groups.yahoo.com/group/blackvegans/
(Quando usam o termo "vegetariano" incluem veganos, que são vegetarianos completos, não somente em não consumir carne).

Gostaria de mostrar o logo da SpreadPeace.org, que é uma ilustração explícita da não-contraditoriedade nos abolicionismos (pelos afro-descendentes ou pelos não-humanos):


Reparem os detalhes de cor de pele. Mais uma prova de que Veganismo e abolicionismo pelos Direitos Animais não se opõem, de forma alguma, a qualquer classe ou grupo de pessoas, etnia, etc. e que defender a igualdade de consideração de certos interesses entre diversas espécies não implica em discriminar alguém.

Sentir-se ofendido por ter sua alforria comparada à alforria que os animais merecem mas inda não têm é, sem dúvida, fruto do sentimento antropocêntrico de que somos melhores que as outras espécies, ou seja, é fruto do especismo (e do egocentrismo humano). O especismo, filho do antropocentrismo, faz com que humanos pensem que são superiores a todas as outras espécies, eliminando a ética na hora de se relacionar com elas. Mas esquecem que um cão tem olfato muito mais aguçado que o nosso, um urubu enxerga mil vezes mais, e um gato ouve melhor. Enfim, o especismo faz com que achemos que somos "divindades", enquanto somos animais super limitados, com raríssimas vantagem sobre as outras espécies, e em apenas em alguns poucos aspectos. O especismo é a base da discriminação de todos os humanos com diferenças "inconvenientes", como os deficientes. O especismo normalmente apela dizendo que somos mais inteligentes, sendo que há pessoas em nossa espécie que fogem a essa definição. Deveriam elas ser (mal)tratadas como animais? Ou seria melhor pararmos com a discriminação de espécies (=especismo)? Só por pertencermos à espécie humana devemos ignorar os sentimentos das pessoas que são de outras espécies? Podemos ignorar que animais são pessoas? Vamos ser contraditórios a ponto de achar que um animal precise de um cérebro humano pra sentir dor, sofrer, amar, etc?

Esperamos que o mal-entendido entre holocaustoanimal e afropress seja resolvido logo, pacificamente. Pois um ativista como o Fábio Paiva não entende como alguém se acha tão superior às pessoas de outras espécies (=animais), a ponto de tratá-los como objetos, mercadoria, escravos, etc. Não se adivinha que alguém vá interpretar mal, ou simplesmente ignorar sua filosofia/intenção em publicar um cartaz, e não levar em conta o contexto do protesto em si, e ficar se colocando como vítima, quando, na realidade, as vítimas são os animais, que, conforme as imagens diziam, sofrem da mesma forma que nós (nervo é nervo!), e nem sequer têm o direito de serem animais, pois são coisas, objetos, mercadoria, escravos, alimentos, enfim, tudo, menos pessoas, nessa sociedade especista! Além do mais, alguns internautas escreveram textos ofensivos ou agressivos, alguns com tom de ameaça, mas isso sem nenhuma ligação oficial com o Fábio Paiva, simplesmente porque não são esses "revoltadinhos" que estão na posição de réu, e eles não fazem senão ficar por detrás do teclado descendo lenha, sem a diplomacia vegana.

Fique claro que propomos a igual consideração de interesses entre espécies sencientes (que têm nervos, a princípio, que sentem dor, são capazes de sofrer, de ter vida social, família, enfim, são almas, são pessoas!). Enfim, a igual consideração de interesses não implica em rebaixar ou exaltar ninguém, não desumaniza humanos nem humaniza animais, apenas coloca no mesmo nível os interesses que todos os animais (seres sencientes) têm em comum: direito à vida, à liberdade, à vida social e familiar, à procura por seu alimento, etc. Ainda sobre a questão de "desumanizar humanos" e "humanizar animais", nós, anti-especistas, também somos contra o antropomorfismo (dar características exclusivamente humanas aos animais). E o objetivo nunca foi diminuir um escravo humano, mas sim, ressaltar que escravizar um não-humano é o mesmo crime.

Não sabem os que denunciaram um ativista, que, entre os defensores de animais, na internet, uma das citações mais comuns é: "Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem, há uma só diferença: a vítima." -Lamartine. Quase que diariamente, dezenas de internautas assinam emails e tópicos de fóruns com essa citação, como se pode facilmente notar no maior grupo de emails de Libertação Animal, com mais de 2 mil participantes: http://br.groups.yahoo.com/group/libertacaoanimal/ e até mesmo na lista do holocaustoanimal no yahoogrupos! A violência é a mesma. O preconceito tem a mesma origem, independentemente do critério usado para discriminação. Essa é a nossa mensagem. União. Olhar mais as semelhanças que as diferenças.


Receio ter feito alguma generalização indevida, mas, como pessoa tolerante, deixo esse texto aberto à revisão e à crítica dos leitores.


Sem mais,


Silas Cordeiro Pascoal


Judia residente em Israel escreve a quem possa interessar

A quem interessar possa,
Israel , 31 de Outubro de 2007

Meu nome é Jane Halevy, sou judia e moro em Israel. Sou fundadora e líder do movimento “International Anti-Fur Coalition” (Coalizão Internacional Anti-Peles) e Fábio Paiva é um dos nossos coordenadores mais queridos e o líder mais apreciado.
Não aprovo a reclamação contra o senhor Fábio Paiva, que está injustamente sendo acusado de discriminação.
Simplesmente, não posso fechar meus olhos a tanta injustiça.
O senhor Fábio Paiva é o extremo oposto do que está sendo acusado. Trata-se de uma pessoa gentil, humanitária, boa e carinhosa, além de altamente engajado. Seu único crime deve ser a nobreza de seu coração. Que triste.

O amor e a compaixão não são nem nunca serão algo que se possa dividir em duas partes. Se o coração sente compaixão, não há diferença entre seres humanos e não-humanos.
O senhor Fábio Paiva é uma das pessoas que mais demonstram paixão e compaixão que eu já conheci. Se pessoas de todo o mundo tivessem metade de seu admirável coração, estou certa de que nenhum holocausto ocorreria novamente. O senhor Paiva “perturba” porque ele não está fechando os olhos para o Holocausto animal, e ninguém deveria fazê-lo.

Como dizia o doutor Helmut Kaplan, um famoso judeu, “nossos netos nos perguntarão um dia: ‘Onde vocês estavam durante o Holocausto dos animais? O que vocês fizeram contra aqueles crimes horríveis?’ E nós não poderemos dar as mesmas desculpas uma segunda vez, dizendo que não sabíamos”.

Isaac Bashevis Singer, também judeu, dizia: “Desde que Herman testemunhou o massacre de animais e peixes, ele conservou o mesmo pensamento. Em relação às criaturas, todos os homens são nazistas. A presunção com que o homem pode tratar outras espécies a seu bel prazer revelou a mais racista das teorias, que é o princípio de poder estar certo”.

Outra sentença muito popular em Israel – e que eu sempre uso nas entrevistas às rádios e TVs para descrever as vidas de milhões de animais, vítimas de nosso silêncio – é: “Para os animais, todo dia é Treblinka”. (Alusão ao primeiro campo de concentração onde os judeus foram exterminados em câmaras de gás – Polônia.)

O que estou mostrando aqui é que a comparação, a analogia, foi feita e tem sempre sido feita, inclusive pelos próprios judeus – incluindo os famosos. Portanto, vocês têm de compreender que a única culpa do senhor Paiva é querer romper o silêncio, sem importar se seus métodos são ou não apreciados por todos.

Isto é LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

Fábio Paiva não inventou nada. Ele está apenas utilizando o que já existe e dizendo o que já foi dito antes pelos judeus e por nós. Acredito que chocar as pessoas é o último recurso que temos para provocar a reação das pessoas, como acontece em outras situações. É preciso reagir. Lembrando que o silêncio a respeito de outros crimes é errado, como o único recurso que permite que o demônio vença é a inércia dos homens bons. Edmond Burke disse certa vez que “a neutralidade sempre está a favor do opressor, nunca da vítima”.

“O mundo é um lugar perigoso para se viver. Não por causa daqueles que praticam o mal, mas por conta daqueles que enxergam e não fazem nada para freá-lo”. Essa frase foi dita por Albert Einstein [também judeu] e estou certa de que ele adoraria ter conhecido o senhor Fábio Paiva.
Senhor Paiva não está fazendo nada de errado, sendo que sua única sina é tentar salvar vidas. Por favor, estou pedindo a vocês que deixem-no em paz e não interrompam seu maravilhoso trabalho em prol dos animais e da humanidade, já que caminhamos juntos.

Sinceramente,
Jane Halevy


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ORIGINAL, EM INGLÊS:

To who it might concern,

Wednesday, 31st of october2007

My name is Jane Halevy, i am a Jewish woman, living in Israel – and -i am the founder and leader of " International Anti-Fur Coalition "–Fabio Paiva is one of our dearest member,coordinator,and most apreciated leader.

I don't approve your reclamation about Mister Fabio Paiva ,who is fakely accused of discrimination.I can just not close my eyes on such an injustice.

Mister Fabio Paiva is exactly the opposite of the person discribed.He is very gentle,humble, kind, ,caring,and very high minded person.
his only crime might be the nobleness of his heart. How sad !

Love and compassion is not and will never be something you can divide in 2.If a heart feels the compassion,there is no difference between human or not human beings.

Mister Fabio Paiva is one of the most passionate and compassionate person, i ever met.
If people of this world would even have half of his brave heart ;i would be certain that no holocaust would ever occur again. .Mister Paiva " disturbs " because he is not willing to close his eyes over the animal Holocaust, and nobody should.
As well said by this famous Jewish person; Dr Helmut Kaplan ;

"Our grand-children will ask us one day :where were you during the Holocaust of the animals ?what did you do against these horrifying crimes ? we won't be able to offer the same excuse the second time,that we didn't know. "

Another sentence from a jewish man too; Isaac Bashevis Singer;
"As often as Herman had witnessed the slaughter of animals and fish,he always had the same thought; iN THEIR BEHAVIOUR TOWARD CREATURES,ALL MEN WERE NAZIS. The smugness with wich man could do with other species as he pleased exaemplified the most extreme racist theories,the principle that might is right."

And the last one very known in Israel, which i always use myself;also on the radio,and lately on a t,v show ,for discribing the lives of millions of animals,all victims of our silence..

"For animals,it is everyday Treblinka ."

What i'm trying to show here is that the comparaison,the analogy is done and has always be done,by jews themselves,! Even very famous ones .

You have to realize that Mister Paiva's only guilt is wanting to break the silence and no matter what his" methods" are, and if they are apreciated by all or not .

This is Freedom of speech !

Fabio Paiva had not invented anything,He is only using what already exists,and is saying what has already been said,by jews ,by us.

.I aso beleive,myself that sometimes shocking is a last option to make people react.As sometimes people need to be shocked in order to take action.Remaining silent over other crimes is wrong,as the only thing that makes the evil wins is the inaction of good men,as " Edmond Burke, once said.As neutrality always help the opressor,never the victim.

"The world is dangerous to live ! not because of those who make evil,but because of those who watch and don't do anything to stop it ." That is what Albert Einstein said,
One thing is really sure;Mister Einstein would have loved Mister Fabio Paiva.

Mister Paiva is doing nothing wrong, his only sin is trying to save lives. Please,i'm asking you to leave him alone and not interupting his wonderful work for the animals,and for the humanity as it all goes together.

Sincerely yours,
Jane Halevy

Esclarecimento e Comunicado OFICIAIS de Fábio Paiva

Esclarecimento oficial do site Pelo Fim do Holocausto Animal:

http://www.holocaustoanimal.org/esclarecimento.htm

O Grupo “Pelo Fim do Holocausto Animal”, aqui representado na figura de seu responsável, torna público seus esclarecimentos a respeito das acusações que lhe foram impostas: http://www.afropress.com/noticias_2.asp?id=1371

1. Os princípios do Grupo Holocausto Animal não são frutos de uma teoria pessoal, mas de várias entidades e pessoas ao redor do mundo, que comungam dos mesmos anseios – Liberdade para os Animais! Nosso grupo é formado por pessoas de diferentes classes sociais, etnias, credos e religiões.

2. Este ideal deixa claro que somos “Abolicionistas” assim como foram aqueles que lutaram pela liberdade ao longo da história.

3. Jamais poderíamos ter sido acusados de fazer apologia ao racismo. O repúdio aos nossos ideais é uma visão estreita e mesquinha daqueles que não entendem o significado do termo Especismo.

4. Quando das afirmações em se comparar negros a cães e judeus a porcos, são totalmente equivocadas e infundadas. A comparação que queremos mostrar é a do SOFRIMENTO, que na nossa compreensão é igual entre humanos e animais. Os animais são capazes de sofrer, assim como os brancos, negros, judeus, orientais, não importando a etnia. Todo ser vivo é passível de sofrimento.

5. Nunca tivemos a intenção de ofender a memória de quem quer que seja. Ao contrário, se fazemos alusão à escravidão e ao holocausto, mantemos em pauta os nefastos acontecimentos da história da humanidade que jamais devem ser esquecidos para que não se repitam, assim como fazem os judeus mantendo o museu do Holocausto.

6. Repudiamos toda forma de opressão aos seres humanos e animais. A voz da nossa consciência grita todos os dias em nossos ouvidos de que estamos no caminho certo. O caminho da paz e igualdade entre as espécies. Desculpem-nos aqueles que não são capazes de entender a nossa mensagem.

7. Agradecemos as manifestações solidárias, porém, reprovamos e não compactuamos com qualquer tipo de manifestação com ofensas e ameaças dirigidas ao site AfroPress. Se quisermos ser respeitados, temos que respeitar.

8. Reiteramos nossos anseios por um mundo melhor, com uma convivência pacífica entre humanos e não-humanos.

Fábio Paiva

PELO FIM DO ESPECISMO


(a quebra das correntes, símbolo sempre usado pelo site holocaustoanimal.org, que, por si só, já é uma evidência de seu abolicionismo pleno e não-racista, de mesma ideologia que o abolicionismo pelo negros, índios, etc).



Comunicado oficial de Fábio Paiva à AfroPress:

http://www.afropress.com/noticias_2.asp?id=1378

S. Paulo - O ativista dos direitos dos animais Fábio Paiva, responsável pela página www.holocaustoanimal.org, com imagens em que é feita associação entre maus tratos a cães e porcos e a Escrava Anastácia, bem como a judeus nos campos de Treblinka, manifestou desaprovação a mensagens ofensivas enviadas por pessoas do seu grupo à Afropress e a ONG ABC sem Racismo.

A ONG impetrou representação junto ao Ministério Público do Estado pedindo a abertura de investigação para apurar a prática de crime com base na Lei 7.716/89. O caso está sendo apreciado pelo MP de S. Paulo.

“Repudiamos toda forma de opressão aos seres humanos e animais. Também não aceitamos, reprovamos e não compactuamos com as pessoas que enviaram mensagens ofensivas ao site AfroPress”, afirma em e-mail enviado ao jornalista Dojival Vieira, editor de Afropress. Ainda no e-mail, Paiva diz que “ambos os movimentos lutam pelos mesmos ideais”. “Estamos trocando fogo amigo”, conclui.

Veja, na íntegra, o que diz Paiva.



Prezado Jornalista Dojival Vieira

Reafirmando nossa convicção de que jamais tivemos a intenção de ofender a população negra brasileira, entendemos que as comparações apresentadas foram mal interpretadas ocasionando um mal estar entre os movimentos.

Lutamos contra o especismo - discriminação muito arraigada culturalmente e não tão reconhecida socialmente. Baseia-se na diferença de espécie. De modo similar ao sexismo ou ao racismo, a discriminação especista pressupõe que os interesses de um indivíduo são de menor importância simplesmente por pertencer a uma determinada espécie.

Especismo e racismo são formas idênticas de preconceito. Portanto, jamais poderíamos ser acusados de fazer apologia ao racismo e genocídio. Nosso movimento é constituído de brancos, negros, judeus, orientais, pessoas de todas as raças, credos e religiões. Ambos os movimentos lutam pelos mesmos ideais. Estamos trocando "fogo amigo".

Repudiamos toda forma de opressão aos seres humanos e animais. Também não aceitamos, reprovamos e não compactuamos com as pessoas que enviaram mensagens ofensivas ao site AfroPress.

Reiterando nossos anseios de união entre o movimento afro-brasileiro e o movimento animal, as imagens não compreendidas e consideradas um insulto, foram retiradas do site.

Liberdade e respeito para todos os seres.

Cordialmente

Fábio Paiva

www.holocaustoanimal.org

Ativista em defesa dos Direitos Animais

Mensagens recebidas PELO FIM DO HOLOCAUSTO ANIMAL

O site holocaustoanimal.org, injustamente denunciado ao MP como racista e anti-semita, expõe algumas mensagens sensatas que recebeu mas que, por alguma razão, não foram publicadas em outros locais (como o espaço do leitor da AfroPress). Seguem todas as recebidas até hoje, DIA MUNDIAL VEGANO, 1º de Novembro:

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Considero um erro muito grande da Afropress em atacar o Fábio Paiva, pois vários autores, eu inclusive, já fizeram essa comparação.
A rigor, entendo que ninguém mais do que os negros, segmento social que me considero incluído, inclusive com trabalhos científicos publicados sobre assunto, devem estar nessa luta. A luta é a mesma, embora entenda que a ideologia especista ainda esteja muito arraigada no senso comum da população.
Acho ainda que todo afro-brasileiro deveria ser vegan, boicotando a indústria da carne, que nada mais é do que uma fabrica de crueldades que viola frontalmente o artigo 225, VII da Constituição Federal. Não esqueçamos que essa é a mesma que manteve por séculos nossos irmãos e antepassados acorrentados.
Esse erro é o mesmo erro que a esquerda comete em relação ao próprio movimento negro, achando que um movimento específico ( no caso o movimento negro e no nosso o movimento pelos direitos dos animais) vai retirar o foco da luta que eles consideram a luta principal (a luta de classes, no nosso a luta anti-racista).
Na verdade, todos os movimentos de emancipação são complementares, pois os fundamentos são idênticos: a luta contra a discriminação e opressão de um grupo social sobre outro.
Como vemos, os animais são "os oprimidos dos oprimidos", e assim como os negros, os judeus, as mulheres, crianças e homossexuais, os animais serão violentados até que a força política desses grupos se transformem em poder simbólico.
Não tenho dúvida que esta "horrível comparação" serve apenas para alertar a sociedade sobre o que se fez, e ainda faz com os afro-brasileiros, e sobre a imensa dívida social que existe em relação a esse grupo social, e é muito triste que muitos ainda não consigam percebê-lo.
Entendo que qualquer coação para com Fábio Paiva seria um atentado à liberdade de expressão e de pensamento, ainda mais por se tratar de um pensamento justo, posto fundado em sentimentos como o respeito e a compaixão pelo outro.
Assim, entendo que nós do Instituto Abolicionista Animal devemos prestar nossa solidariedade em relação a Fábio Paiva e colocar o nosso corpo jurídico e de consultores à sua disposição.
Como diria Rui Barbosa, a luta abolicionista está apenas começando.

Um forte abraço
Heron Santana
Instituto Abolicionista Animal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heron_José_de_Santana

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Imaginação e atitudes agressivas do grupo Afropress e ABC sem Racismo



Olha, é extremamente difícil de acreditar que pessoas bem intencionadas como o grupo da Afropress / ong ABC sem Racismo estejam se dedicando a atacar de tal maneira o Fábio Paiva, fundador da ong Pelo fim do holocausto animal. Ele é uma pessoa extremamente séria e dedicado a uma causa nobre, de incentivar às pessoas que respeitem e não causem sofrimentos aos animais.

Não conhecia a equipe da Afropress, mas pelo visto se dedicam a promover a causa das pessoas afrodescendentes. É ótimo haver grupos deste tipo, buscando superar a tradição tão negativa dos anos pós abolição da escravatura no Brasil. Eu mesmo gosto muito da cultura afro-brasileira: pratico capoeira e adoro este esporte/cultura/música, fiquei muito feliz de conseguir meu primeiro cordão, com o mestre João de São Paulo, e aprender a fazer tantas manobras que não conseguia antes.

Aparentemente, apesar desta equipe estar tão afinada com a causa dos afrodescendentes, que já passaram por tantas dificuldades e ainda passam, pela abolição oficial de sua escravatura no Brasil ter sido relativamente recente, no fim do século XIX, esta equipe, apesar de dizer que o faz, não considera o sofrimento dos animais, que são tão sensíveis como os humanos, e assim também merecem a abolição de seu sofrimento e consideração de sua dignidade, e resolve atacar um dos mais ativos defensores dos animais, o Fábio Paiva. Lembrar que os defensores dos animais como ele são extremamente necessários, porque os animais não podem se defender ou lutar por seus direitos.

Dignidade universal

Fábio Paiva, como outros defensores dos direitos animais, tem uma profunda consideração e respeito pela dignidade dos seres. Ora, assim sendo, como poderia ele ter a remota intenção de ofender ou discriminar a segmentos da espécie humana, que também é uma espécie animal, a tal Homo sapiens? É um raciocínio fácil de ser feito, creio eu, que ele não teria essa intenção.

Difícil imaginar como alguém pode entender que a comparação de imagens e fatos feita por Fábio, um ativista dos direitos animais, não esteja se referindo ao sofrimento e discriminação por que passaram animais humanos, neste caso por simples diferença de etnia e/ou religião, e por que ainda passam animais não humanos, neste caso por simples diferença de espécie.

Se alguém quisesse de fato, hipoteticamente, comparar humanos a outros animais (considerando que isso seja uma ofensa; aliás, é interessante notar como é fortíssimo este preconceito humano com os outros animais), não precisaria utilizar imagens de sofrimento. Poderia pegar imagens de humanos e de outros animais numa situação qualquer, mais padrão, digamos.

Quem parece estar agindo de maneira preconceituosa é a ong ABC sem Racismo / Afropress, porque atribuem a hipotética comparação do humano com outros animais como um insulto. Ou seja, consideram os outros animais seres extremamente inferiores. Por isso são incoerentes ao dizer que apóiam a causa animal.

Insulto imaginativo e lembrança do mau

Por que seria um insulto a associação de imagens da crueldade com animais com os sofrimentos, as humilhações, torturas e mortes praticadas no escravismo de negros e no holocausto contra judeus? Ora, certos sofrimentos já são bem reconhecidos pela humanidade; outros não são. E é isso o que aparentemente Fábio Paiva quis mostrar, que o sofrimento de outros animais é tão horrível quanto foi o sofrimento de certas populações humanas.

Por acaso, lembrar sofrimentos significa insultar seus representantes? Ora, quando Picasso pintou Guernica, ele estaria insultando esta população, ao retratar e lembrar o que sofreram? Quando frequentemente se lembra da bomba atômica lançada sobre Hiroshima e Nagasaki, e se mostram os japoneses que sofreram as consequencias, se está insultando estas vítimas? Não. Se está lembrando, buscando mostrar esta dor, para que isto jamais aconteça.

E é por meio desta estrutura de lembrança, que Fábio, na situação criticada, acaba na verdade, tanto por criticar o mau tratamento aos animais, como também aos humanos que sofreram. De maneira alguma é possível imaginar que ele estaria querendo denegrir certos humanos. A frodescendentes e judeus também se manifestaram, concordando com que este insulto é muita imaginação.

De todo modo, o fato de "uma semana depois da denúncia da Afropress" as imagens criticadas terem sido retiradas, só confirma que Fábio nunca teve intenção de ofender, como ele mesmo declarou publicamente.

Conclusão: pacifismo e comunicação

Mal-entendidos sempre podem acontecer. A comunicação humana é passível de falha. E realmente é possível que alguns indivíduos possam se ofender por coisas que outros sequer imaginem. Mas, se por um acaso, Fábio Paiva acabou por ofender a alguém, por que este alguém não entrou em contato com ele, e buscou resolver a coisa de uma maneira civilizada e pacífica, como sempre almejamos todos para resolver os eventuais conflitos? Ele é uma pessoa acessível, sensata e honrada, pelo que pude conversar com ele, e pelas várias mensagens que foram enviadas em seu apoio.

Mas não, ao invés disso a ong ABC sem Racismo resolveu tomar uma decisão agressiva e mover uma representação no Ministério Público contra Fábio Paiva, um cidadão que luta por uma causa nobre. Isso é muito triste.

Maurício Kanno
Jornalista e ecologista vegetariano.
http://kanno.com.br/


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Senhor Dojival Vieira:


Equivocada.
Esta é a palavra com a qual adjetivo a denúncia formulada pela ONG ABC sem Racismo junto ao Ministério Público contra o ativista da defesa animal Fábio Paiva.
Apologia, por extensão de sentido, significa “defesa apaixonada de alguém ou algo, elogio, enaltecimento”. Ao acusar às autoridades por escrito e publicamente o autor do site Holocausto Animal de criminoso por fazer apologia à escravidão de negros e ao holocausto de judeus, a autora demonstrou, no mínimo, um elevado grau de não entendimento da palavra escrita. E, infinitamente mais grave, o site AfroPress, ao divulgar na Internet a insensata e irresponsável denúncia, macula o nome e a ação de uma pessoa séria, respeitada no Brasil e no exterior.
Evidente que o site Holocausto Animal deixa claro que abomina toda e qualquer forma de violência, seja ela praticada contra negros, judeus, amarelos, brancos, índios, ciganos e também contra os animais.
E isto fica manifesto na indubitável crítica que o Holocausto Animal formula aos nefastos assassinatos de judeus praticados pelos nazistas, e aos repulsivos e inaceitáveis atos de violência praticados contra os negros.
Jornalista Dojival Vieira: a sua luta é a idêntica luta do ativista Fábio Paiva, e é o estandarte de todos os amantes da Paz. Vamos, juntos, defender o respeito entre todos os seres vivos. Combata, senhor jornalista, toda e qualquer forma de violência, inclusive a praticada contra os animais. Assim, Vossa Senhoria estará honrando ainda mais o magnífico legado que recebeu dos brasileiros negros que tombaram heroicamente na defesa da liberdade.

Aveoé! Avoé! Avé! Ave! Salve!

A minha homenagem à escrava Anastácia, a Zumbi, a Tiradentes, a Bertolt Brecht, a Albert Einstein, a Peter Singer, a Mahatma Gandhi, a tantos e tantos defensores da liberdade, e a todos os “Fábio’s Paiva’s” que repudiam a violência contra seres humanos e não-humanos.

JOSÉ JANTÁLIA

“As pessoas que maltratam animais são insensíveis, são pessoas que não possuem sentimentos superiores de piedade, e elas normalmente são conhecidas como psicopatas, como sociopatas. São pessoas perversas, e normalmente quando praticam um crime, são pessoas de difícil recuperação social.” Guido Palomba – psiquiatra forense

“Entre 135 criminosos, incluindo ladrões e estupradores, 118 admitiram que, quando eram crianças, queimaram, enforcaram ou esfaquearam animais domésticos.” Ogonyok (1970 - Soviet anti-cruelty Magazin)

“Incêndios propositais e crueldades com animais são dois de três sinais de infância que caracterizam o potencial assassino serial.” John Douglas (analista do FBI que estuda o perfil de assassinos)


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Prezado Srs. Dojival e Dolores:

Acessei hoje o site e tive acesso à resposta padrão publicada aos comentários enviados em razão da notícia "Grupo de defesa animal ofende memória de negros e judeus".

Em vista do princípio constitucional da liberdade de expressão, da liberdade de consciência e do igualmente garantido direito de resposta, gostaria que meus argumentos fossem novamente publicados, com destaque em página inicial assim como a referida matéria.

(...) [suprimimos alguns trechos do comentário da Renata pois já foram postados aqui no blog]

Como já comentei, sou descendente de negros. Minha bisavó materna era filha de um negro alforriado. Entretanto, isso não impediu que fosse seqüestrada nas praias de Pernambuco e revendida em São Paulo para um fazendeiro em Atibaia. No tempo que lá passou, foi tratada sem qualquer digninidade, inclusive com uma série de estupro, um que gerou um filho, meu avô (e gosto sempre de lembrar que ele nasceu em 1901 e, portanto, a violência continuou ocorrendo após a abolição da escravatura já que, sem lugar para ir, ela continuou trabalhando na casa).

Ela nunca se revoltou e se submeteu; talvez por isso nunca tenha sido vítima de algum abuso corporal mais extremo... Conheço bem a história de Anastácia e conta a tradição que foi forçada a usar a máscara de ferro - tirando-a apenas para se alimentar - por ter se recusado a manter relações sexuais com um senhor de escravos e acabou morrendo pelo abuso. Mas sei também que a máscara de ferro era colocada em homens negros trabalhadores em minas de ouro, para que não roubassem o metal precioso. O que era isso? Determinismo. Escravos eram tidos preguiçosos e desonestos e era impensável na sociedade da época que se fizesse de outra forma.

Aliás, mesmo os negros alforriados e libertos tiveram seus direitos tolhidos por uma sociedade ainda preconceituosa, como magistralmente retratado nas primeiras cenas do filme brasileiro "Quanto vale ou é por quilo?".

Volto a lembrar: na época na escravidão, negros eram vistos como "força trabalhadora". Mas não como seres humanos plenos e merecedores de dignidade. Infelizmente, o comum nem sempre é normal, o natural.

Mesmo os Quilombos eram ilegais e tidos como subversivos e uma ameaça à economia e à ordem pública. Negros fugidos eram recapturados por capitães do mato com a maior violência possível e, quando devolvidos aos seus "donos", eram "disciplinados" e considerava-se restabelecida a ordem. Mas eu não conheço maior símbolo de liberdade que os quilombos e ninguém nega sua importância histórica no processo de abolição. Acredito que essa ONG jamais tenha tido acesso aos números dos Centros de Zoonose dos Municípios espalhados pelo Brasil.

(...) Ao mesmo tempo, não me vem à mente maior símbolo de abuso que a escravidão humana (e também o holocausto). Ao mesmo tempo, são símbolos universais pela busca da liberdade, embora de animais não humanos.

O que o site "Holocausto Animal" fez foi apenas usar esses símbolos de luta pela liberdade. Ninguém, em momento algum, rebaixou a condição dos seres humanos. [...] É necessário [defender os Direitos dos Animais], por mais que sua ONG não reconheça.

De fato, sua resposta publicada no site também foi altamente ofensiva às minhas convicções, e gostaria de destacar isso, especialmente ao classificar como mero disparate um movimento filosificamente estruturado e com defensores diversos, contando com intelectuais e artistas.

(...)

Entretanto, ainda tenho interesse em mostrar que a referida comparação foi entendida pela "ABC Sem Racismo" de forma completamente distorcida. (...)Nós já partimos do ponto de vista de que animais não são inferiores, concorde ou não. São simplesmente diferentes em muitos pontos, mas semelhantes em outros. E isso por si só desqulifica a queixa elaborada, já que a imagem foi completamente distorcida ao ser retirada do contexto filosófico em que se insere.

Aliás, chamou-me a atenção a expressão "desumanizar a vida", reforçando a idéia de que essa ONG realmente acredita que apenas humanos têm direito inato à vida. Realmente, somente com esse tipo de mentalidade é que se pode entender alguma ofensa pelo uso de um símbolo da luta pela liberdade. A medida tomada pela ONG, do meu ponto de vista não é equilibrada. É, sim, discriminatória contra um grupo que luta pela liberdade de animais que perderam o direito até mesmo de serem animais.

E, mais uma vez, reitero meu apelo para que a queixa seja retirada e que não se prejudique uma causa que, em definitivo, não conflita com a defendida pela "ABC sem Racismo".

Atenciosamente
Renata Octaviani Martins
Advogada
Campinas-SP

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“entretanto, rejeitamos, recusamos e repudiamos com igual veemência, as disparatadas teses que pretendem colocar no mesmo patamar animais irracionais e seres humanos.” (afropress) Srs, em que patamar vcs pensam que estão?????

HOLOCAUSTO – Segundo Aurélio Buarque de Holanda – 1. Entre os antigos hebreus, sacrifício em que se queimavam inteiramente os animais. – 2. sacrifício, expiação. – 3.Massacre de milhões de judeus pelos nazistas.

Sou judia e parte de minha família foi morta em Auschwitz na câmara de gás. Posso atestar que os atos cometidos contra os judeus durante a 2ª Grande Guerra foram atos de crueldade e de sadismo, onde, sem nenhuma sombra de dúvidas, seres humanos se divertiram com o sofrimento de outros seres humanos, ignorando o fato de todos serem da mesma espécie. Isso, seres humanos racionais sentindo prazer ao torturar outros seres humanos também racionais. Garanto, caro Dojival, que nenhum outro animal neste planeta sente prazer em presenciar ou até em proporcionar o sofrimento alheio, seja de um animal da mesma espécie, seja de outro animal de diferente espécie.

O que nos remete a uma pergunta que não quer calar. O que é ser racional ou irracional? Ser racional é ter mecanismos que capacitam o ser humano a ser cruel, mesquinho, intolerante, ambicioso, corrupto, enfim, todas as maravilhas trazidas pela racionalidade humana.

O que Fabio Paiva faz, não é apologia ao nazismo ao à escravidão, ele tenta mostrar o óbvio – O SOFRIMENTO É O MESMO, A VIOLÊNCIA É A MESMA, ou o sr. Dorjival acredita que por ser “racional” sente mais dor que os animais “irracionais”? Em tempo – um porco possui um nível de raciocínio extremamente parecido com o dos seres humanos e são os que mais se aproximam de nós geneticamente. Portanto, o que está nítido é que o Sr. Dorjival se sentiu ofendido ao ser comparado a um cachorro, como eu deveria supostamente me sentir ofendida por ser comparada a um porco. E isso não é fazer apologia, é tecer uma comparação de situações, (e por que não de espécies?) o que em hipótese alguma pode ser configurado como crime. E cá para nós, quem decidiu que somos melhores que os animais e que não podemos ser comparados a eles???

Claudia Pentiocinas
Assessora Jurídica Parlamentar
Gabinete do Vereador Aurélio Miguel
(011) 3396 4258 (011) 7651 2268

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"Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam". (Dr. Martin Luther King Jr. 1929/1968)

Caros, li sobre a representação e acredito que a Ong ABC SEM RACISMO labora em profundo equívoco ao denunciar o Ambientalista Fábio Paiva e seu belo trabalho com o site Holocausto Animal pelo suposto crime de "Apologia à escravidão e ao holocausto" e explicarei as razões de minhas colocações:

Segundo o Dicionário Michaelis a palavra Apologia tem dois significados: 1. Discurso ou escrito laudatório para justificar ou defender alguém ou alguma coisa. 2. Elogio, louvor.

Ora, quando o Fabio faz uma comparação entre o tratamento que é dado aos animais até a presente data com fatos lamentáveis, vergonhosos, dramáticos mas reais da história da humanidade, não existe a possibilidade de algum ser racional interpretar que isso seja modo de louvar, elogiar ou defender os criminosos ou o crime.

Fazer apologia ao racismo é elogiar essa atitude odiosa que considera alguma característica física de um ser como inferior ou menor, etc.

Fazer apologia ao holocausto é enaltecer os feitos dos alemães da segunda guerra, usar suásticas, etc etc etc.

Uma coisa que os representantes da ONG ABC SEM RACISMO parece desconsiderar é seu próprio preconceito ao dar intensas demonstrações de espécie à comparação de seres humanos com animais. (...) Isso é especismo.

Será que não seria melhor que entidades que representam segmentos de seres humanos que foram perseguidos, sacrificados e mesmo imolados através da história por motivos comerciais ou racistas não tivessem uma maior e melhor sensibilidade para com outros seres vivos que sofrem até hoje e não tem a menor possibilidade de defesa, e criasse sua ala de defesa dos direitos aos animais??

Ou será que alguém imagina em sã consciência que será criado um movimento secreto de resistência e libertação suína? uma revolução das galinhas, ou dos bois?

Não consigo entender qual palavra da frase "os animais são indefesos" é de difícil compreensão.

Eu poderia lembrar de varias citações, de gente muito, mas muito importante através da história sobre a preocupação de seres humanos com seus irmãos animais (eu afirmo que sou irmã de todos e mãe de três) mas prefiro lembrar de duas, por motivos óbvios:

A primeira é.do Pastor (alemão!?) Luterano Martin Niemöller (1892/1984) , ganhador do Prêmio Lênin da Paz de 1966:
"Primeiro vieram buscar os judeus e eu não me incomodei porque não era judeu. Depois levaram os comunistas e eu também não me importei pois não era comunista. Levaram os liberais e também encolhi os ombros. Nunca fui liberal. Em seguida os católicos, mas eu era protestante. Quando me vieram buscar já não havia ninguém para me defender…"

A segunda, da escritora afroamericana Alice Walker (1944), autora do maravilhoso A Cor Púrpura: "Os animais existem por suas próprias razões. Eles não foram feitos para humanos, assim como negros não foram feitos para brancos ou mulheres para os homens." Será que a ONG representará também contra Alice Walker?

abraços
Denise Grecco Valente
www.direitoanimal.org

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hello dear Fabio !
i might not be black, but i'm definitly a jew, i also don't see any differece; a slaughter is a slaughter; human or not, Once it had been ignored and 6 000 000 of our people had been brutally killed !
This time ,with the animal slaughter, we have to act, so that our grand children won't have to ask us where have we been during the animal holocaust, we won't be able to say twice;
we did not know ! you know this sentence, right...
anyway, you can tell people who are accusing you, to contact me ; i'll speek up as a jew !

love,and best apreciations,

Jane Halevi
International Anti-Fur Coalition
World coordination


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Dear Mr. Paiva:
I am general counsel to PETA and we have just learned of the charges filed against you in Sao Paulo by ABC sem Racismo relating to the http://www.holocaustoanimal.org/ web site. I am hoping to speak with you as soon as possible to discuss how we might assist you in defending these charges and protecting your right to speak out for the animals. If you are represented by a lawyer, I would be pleased to speak with him or her. Can you please email me with the dates and times you or your lawyer are available for a telephone discussion? I will be pleased to phone you or your attorney. My apologies for having to write in English as I do not speak Portuguese. Thank you and I look forward to speaking with you.

Kind regards,

Jeff Kerr.
Jeffrey S. Kerr

General Counsel and
Vice President of Corporate Affairs

The PETA Foundation

JeffK@FSAP.org


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Links das mensagens recebidas pelos leitores Pelo Fim do Holocausto Animal:
http://www.holocaustoanimal.org/mensagens_recebidas.htm
http://www.holocaustoanimal.org/mensagens_recebidas_02.htm
http://www.holocaustoanimal.org/mensagens_recebidas_03.htm