Respeito a todos!

Este blog tem o objetivo de mostrar que defensores de animais são contrários ao racismo e quaisquer formas de preconceito e discriminação.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mea culpa

Abril de 2013.

Eu, Silas, venho aqui me retratar pelas opiniões expressadas neste blog alguns anos atrás.

Escrevi aqui vários post em um gesto tokenista ( http://en.wikipedia.org/wiki/Tokenism ), para negar que houvesse tendências colonizadoras brancas/racistas presentes no veganismo, ao se apropriar de termos como "abolicionismo" e da própria imagem de pessoas negras, como objetos para avançar em sua luta pelos direitos animais.

Entendo que pessoas negras (e seu sofrimento causado pelo racismo ontem e hoje) não devem, em hipótese alguma, ser comparadas a animais ou quaisquer outros seres que estejam em status inferior, para servir aos interesses de causas alheias (ou que não tenham articulação direta com a militância afrodescendente). Entendo que o racismo no Brasil é um fato sistemático (apesar de todo o esforço reacionário em afirmar que vivemos em uma "democracia racial"), e não deve ser tratado com leviandade.

Dizer que o veganismo coloca os animais num patamar superior (de respeito), como fundamento da comparação, não muda a história (apesar de a intenção ser boa, a comparação não é). Comparar especificamente negros(as) a animais social/sistematicamente considerados inferiores não ajuda. Há pouco tempo, a redução desumanizadora negro=animal era tida como um "fato científico" - especialmente quanto a mulheres negras como Saartjie Baartman. Diga-se de passagem, os xingamentos racistas que ouvimos todo dia no Brasil ainda se baseiam na noção de que negros sejam sub-humanos ("macaco", "animal", etc.).

Quem sabe comparar negros a animais (como recurso de aproximação do discurso vegano) seja possível e viável quando não houver mais racismo. Sonhamos que esse dia chegue - mas parece que está longe. Sonho também com o dia em que o veganismo será intersecional, isto é, se esforce ao máximo pra se articular, no seu próprio âmago, com outras causas, de modo a ser inclusivo, de fato, para as demais minorias e militâncias - sem tokenismo. Ou seja, o dia em que um[a] negro[a] possa chegar no seio do veganismo e não encontrar ali o racismo usual, que já enfrenta no dia-a-dia. O dia em que o veganismo perceba que uma causa por si só não se sustenta, e só reproduz mais opressão (racismo, machismo, gordofobia, cissexismo, ableísmo, etc.). O dia em que veganos negros não sejam apenas o token do discurso vegano mainstream, mas sejam, de fato, parte do corpo do discurso vegano. Afinal, pro veganismo, que mal faria ser inclusivo? Fica a pergunta.

Apenas RECOMENDANDO, blog vegan intersecional negro >>>>
http://vegansofcolor.wordpress.com/   - "porque não temos o luxo de militar por uma causa apenas".

Me perdoem. 

quarta-feira, 26 de março de 2008

Um paralelo esdrúxulo?

Segue trecho de texto do Sociedade Vegetariana em Porto Alegre:

Até mesmo entidades judaicas e organizações de sobreviventes do holocausto vieram à público esbravejar contra os defensores dos direitos animais. Tal postura de certos judeus, por certo, traria arrepios a tantos outros mais sensíveis e esclarecidos.

É o caso de Edgar Kupfer, nascido em 1906 em Koberwitz, próximo de Breslau, era um pacifista. Preso em Dachau em 1940, ele foi abençoado, pelos deuses ou pelos guardas, dois anos depois com um trabalho no almoxarifado do campo de concentração. Em pedaços roubados de papéis de rascunho e com pedaços de lápis, ele rabiscava furtivamente seu diário secreto. Nos 3 anos seguintes, ele enterrou seus escritos, uma idéia sem dúvida inspirada no enterro dos mortos. Em 29 de abril de 1945, Dachau foi liberado; Edgar Kupfer estava livre. Os “Diários de Dachau” também estavam livres e foram publicados em 1956. Nesta época Kupfer havia se mudado para Chicago aonde vivia.

Abaixo, um contundente trecho de seus diários - a prova ineludível de que o holocausto de animais humanos e o holocasuto de animais não-humanos são duas faces da mesma moeda: a crueldade e a absoluta falta de ética que guiam os passos de nossa espécie sobre a Terra.

“Animais, Meus irmãos!”
por Edgar Kupfer-Koberwitz

(As páginas seguintes foram escritas no campo de concentração de Dachau, em meio a todo tipo de crueldades. Elas foram furtivamente escritas na barraca do hospital onde fiquei durante minha doença, em um tempo em que a morte nos tocava dia após dia, quando perdemos 12 mil pessoas em quatro meses e meio.)

Querido Amigo,

Você me perguntou porque eu não como carne e você está imaginando as razões do meu comportamento. Talvez você pense que eu tenha feito votos – algum tipo de penitência – recusando todos os gloriosos prazeres de comer carne. Você pensa em filés com molhos, peixes suculentos, deliciosos presuntos defumados, e outras milhares de preparações cárneas que seduzem milhares de paladares humanos. Então você vê que eu estou recusando todos estes prazeres e você pensa que somente penitência, um solene voto, um grande sacrifício, poderia me levar a recusar esta maneira de aproveitar a vida, suportando com grande resignação.

(...)

Eu me recuso a comer animais porque eu não posso me alimentar do sofrimento e da morte de outras criaturas. Eu me recuso a fazer isto porque eu mesmo sofri tão dolorosamente que eu consigo sentir as dores dos outros pela lembrança dos meus próprios sofrimentos. Eu sou feliz, ninguém me persegue; por que eu deveria perseguir outros seres ou causar-lhes sofrimento? Eu sou feliz, eu não sou um prisioneiro; por que eu devo transformar outras criaturas em prisioneiros e jogá-las em jaulas?

Eu sou feliz, ninguém está me machucando; por que eu deveria machucar os outros ou permitir que sejam machucados? Eu sou feliz, ninguém me maltrata; ninguém vai me matar; por que eu deveria maltratar ou matar outras criaturas ou permitir que sejam maltratadas ou mortas para meu prazer e conveniência?

Não é natural que eu não inflija a outras criaturas a mesma coisa que eu espero, e temo, nunca seja imposta a mim? Não é a coisa mais injusta fazer estas coisas aos outros sem nenhum propósito além do gozo deste insignificante prazer físico, às custas de mortes e tormentos?

Estes seres são menores e mais desprotegidos do que eu, mas você pode imaginar um homem racional, de sentimentos nobres, que basearia-se nestas diferenças para afirmar o direito de abusar da fraqueza ou da inferioridade de outros? Você não acha que é justamente o dever do maior, do mais forte, do superior, de proteger a criatura mais fraca ao invés de matá-la?
“Noblesse obligé”

Eu quero agir de uma maneira nobre.

Eu me lembro da horrível época da Inquisição e eu lamento constatar que o tempo dos tribunais dos hereges ainda não terminou; que todos os dias os homens cozinham em água fervente outros seres que lhes são entregues pelas mãos de torturadores. Eu fico horrorizado ao pensar que estes homens são pessoas civilizadas, não brutos bárbaros, não nativos. Mas, apesar de tudo, eles são apenas primitivamente civilizados, primitivamente adaptados ao seu meio cultural. O europeu médio, flutuando entre idéias eruditas e belos discursos, comete todos os tipos de crueldades com um sorriso nos lábios, não porque ele seja obrigado a fazer isto mas porque ele quer fazê-lo. Não porque ele tenha perdido sua capacidade de refletir e compreender as terríveis coisas que ele está executando. Oh, não!! Apenas porque ele não quer ver os fatos. De outra maneira ele seria interrompido e aborrecido no desfrute de seus prazeres.

Considerando somente as necessidades, alguém pode, talvez, concordar com estas pessoas. Mas, será isto realmente uma necessidade? Esta tese pode ser contestada. Talvez exista algum tipo de necessidade para estas pessoas que ainda não evoluíram à personalidades conscientes.

Eu não estou pregando para eles. Eu escrevo para você, para um indivíduo ainda atento, que racionalmente controla seus impulsos, que sente-se responsável interna e externamente por seus atos, que sabe que nossa suprema corte está instalada em nossas consciências e que não há uma corte de apelação contra isto. Existe alguma necessidade que leve um homem totalmente consciente de si mesmo a respaldar uma matança? Em caso afirmativo cada indivíduo tem que ter a coragem de fazê-la com suas próprias mãos. Está é, evidentemente, uma covardia miserável: pagar à outras pessoas para sujarem suas mãos de sangue e abster-se do horror e da consternação de fazê-lo...

Eu penso que os homens continuarão a ser mortos e torturados enquanto os animais forem mortos e torturados. Enquanto isto haverão guerras, também, porque matar precisa ser treinado e aperfeiçoado em pequenos objetos, moral e tecnicamente. Eu não vejo razão para se sentir ultrajado pelo que outros estão fazendo, nem pelos pequenos ou grandes atos de violência e crueldade. Mas, eu penso que já está mais do que na hora, de se sentir ultrajado por todos os pequenos e grandes atos de violência e crueldade que realizamos contra nós mesmos. E porque é mais fácil vencer as pequenas batalhas do que as grandes, eu penso que devemos tentar vencer primeiro nossas tendências às pequenas violências e crueldades, para evitar, ou melhor, para superá-las de forma final e definitiva. Então, o dia chegará quando será fácil lutar e superar até mesmo as grandes crueldades. Mas, nós ainda estamos adormecidos, todos nós, em hábitos e atitudes herdadas. Elas são como um molho suculento que nos ajuda a engolir nossa crueldade sem sentir seu amargo gosto.

Este é o ponto: Eu quero crescer em um mundo melhor onde uma lei maior conceda mais felicidade, em um mundo novo onde o mandamento de Deus impere: “Amai-vos uns aos outros”


NA ÍNTEGRA.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O mundo já entendeu o recado...


Esse banner é de um blog latino-americano sobre defesa dos direitos animais (o que inclui humanos e combate igualmente os diversos "critérios" de discriminação: espécie, sexo, orientação sexual, etnia, etc).

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Coisa do Demônio ?

Como poderia ser coisa do "demônio" um site cristão ?
Pena que está em inglês.
http://www.all-creatures.org/cva/

domingo, 13 de janeiro de 2008

Publicações Curiosas da AfroPress: O Demônio Vegano e os AfroPatos

O ANO DE 2008 ACABOU DE COMEÇAR E PARECE QUE JÁ TEMOS A PÉROLA DO ANO!
AfroPress publica comentário que chama Veganos de endemoninhados e descarta comentários pacíficos ou imparciais da parte dos ditos endemoninhados

"
Qual a diferença? Toda. Animais param e não mais se preocupam com sua cria. O ser humano vai continuar se preocupando, 60, 70 anos depois. Veganismo é manifestação do demônio."
De: Adriano Albuquerque
Email: adrianquerque@hotmail.com
Fonte: http://www.afropress.com/palavra_do_leitor_2.asp?id=984
UPDATE: o link mudou, agora é aqui: http://www.afropress.com/palavraDoLeitorLer.asp?id=984

Resposta da Simone Nardi em 09/01/08 (algo que jamais será publicado em sites parciais como a AfroPress):

Escolhemos o lado do mal. Somos endemoniados (sic), mas não matamos e nem permitimos que matem [seres com sistema nervoso central, de onde vem a dor] para que nos alimentemos. Somos satanistas, mas não sacrificamos animais em nome de nossa "religião".
Somos loucos, porém não atiramos cães da janela do apartamento, e nem tampouco jogamos crianças em lagos. Somos uma seita, porém lutamos pelo fim da crueldade animal, hominal e um dia, vegetal. Somos mal vistos porque alimentamos quem tem fome, aliviamos a dor de quem tem sede e agasalhamos quem tem frio. "Tudo o que fizeres por um de meus pequeninos, estará fazendo a mim"
Somos temidos porque não temos medo que dizer que os seres humanos, [não] são criações a parte, mas sim, tudo farinha do mesmo saco. "O que nós une, é que respiramos todos os mesmo ar".
Somos alucinados porque não não somos racistas, nem sexistas, nem anti-semitas, nem especistas, aquele que vive em paz consigo mesmo e com o mundo, sempre é temido. Somos tolos porque acreditamos que um dia, os homens poderão aprender a amar.
É escolhemos o lado errado, mas é melhor ser minoria(como Jesus foi), do que ser maioria como aqueles que o crucificaram.

Simone Nardi

Blogger : www.conscienciahumana.uniblog. com.br
Videos: http://www.youtube.com/profile_videos?user=conscienciahumana
egroup Clara Luz- OS ANIMAIS TÊM ALMA! http://br.groups.yahoo.com/group/clara_ luz/



Comentário do blog
: o uso, da Simone, de "consciência humana" no seu blog e no YouTube, remete ao nítido fato de que humanos são animais como outros quaisquer (em termos de afetividade, direito à vida, direito à liberdade, etc.), o que não pode admitir, de forma alguma, racismo, especismo ou outras formas de discriminação egoísta. Já os que se agrupam em ONGs pra combater o racismo (no caso específico de etnias afro), são geralmente Especistas, ou seja, acham que podem menosprezar os interesses das outras espécies e subjugá-las, usando animais como escravos, alimento, vestuário, brinquedo, mercadoria, etc. e não os respeitando como os indivíduos dignos dos direitos que têm.



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Patos AfroDe
scendentes: Uma questão de Coerência

Quando uma ONG vegana contra Especismo disse que a escravidão humana ou animal são igualmente imorais e desprezíveis, a ONG ABC Sem Racismo denunciou, antropocentricamente ofendida. Contudo, um colunista da AfroPress já compararou o sofrimento animal e humano, de modo a condenar ambas as formas de preconceito, igualmente nós, contra o Especismo, fizemos:

"Aonde está o prefeito que não vem a público pedir desculpas à família pela morte de um menino cujo problema, aos olhos dos policiais, era ser afro-brasileiro e pobre? Até quando este tipo de mentalidade escravocrata permeará a mente dos que estão no comando do país? No país da “democracia racial” os afro-brasileiros continuam sendo abatidos como patos em temporada de caça."
UPDATE: O link mudou, agora é aqui: http://www.afropress.com/colunistasLer.asp?id=460


Sobre o colunista da AfroPress que publicou os AfroPatos, Edson Cadette, segundo o site ele escreve sobre Cultura, Artes e sobre temas relacionados à temática étnico-racial, enfocando, em especial, personagens que fazem parte da história afro-americana. Email: ecadette@hotmail.com


Comentário do blog: A comparação de sofrimento humano e animal foi a mesma, tanto no caso da campanha da ONG Pelo Fim do Holocausto Animal contra a escravidão, quanto na publicação contra o racismo na AfroPress. Porém, como em nossa comparação tínhamos objetivo de combater o especismo (preconceito por espécie, quando o Homo Sapiens se acha superior aos outros animais). Especistas não gostam de nada que combata o especismo, pois se sentem confortáveis em tratar animais como escravos, máquinas, mercadorias, coisas, produtos, comida, brinquedo, etc., e é impossível alguém com mentalidade antropocêntrica admitir que todos os animais devem ter seus interesses igualmente considerados (direito à vida, liberdade, livre procura por alimento, habitat natural, não ser tratado como objeto ou propriedade, etc).

Coitados dos patos, que não podem reclamar de serem comparados conosco!
Algumas linhas em branco em reverência e homenagem aos patos caçados, os abatidos, os sem liberdade, os que viram Foie Gras, que viram travesseiros de penas, todos vítimas do Especismo, assim como, nas próprias palavras da AfroPress, alguns humanos são perseguidos e discriminados injustamente por alguém que se acha superior.












Mais algumas linhas em branco em LUTO pelo atual Holocausto de animais, pra finalidades fúteis e luxos da humanidade como o consumo de carne, uso de couro, peles, etc., e em luto também pela falta de ética para com os que são de espécies diferentes.















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Aproveitamos pra comemorar o lançamento da AnimalPress, de nosso amigo Fábio Paiva, ativista em defesa dos Direitos Animais:

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

SENTIENS lança série sobre especismo e racismo

O Site da Pensata Animal http://www.sentiens.net/ publicou uma série de artigos, etc. sobre a temática do presente blog. Vamos "dar uma geral", sintetizar se possível e indicar os links.




Rafael Bán Jacobsen, em "SOBRE A POLÊMICA DO HOLOCAUSTO ANIMAL", trata da anologia entre o sofrimento imposto a negros, judeus e animais, tema evidenciado pelo "caso Afropress". Ele é escritor, físico nuclear, professor, pianista, judeu e, por acaso, vegano. Ativista do GAE - Grupo pela Abolição do Especismo, de Porto Alegre/RS. E-mail: rafaeljacobsen@gmail.com

TEXTO:

TÓPICOS (pra quem não quiser ler tudo [colchetes e supressões do blog]):

É, no mínimo, emblemático o caso da representação impetrada recentemente pela ONG ABC sem Racismo, baseada em denúncia da Afropress, sobre imagens veiculadas pelo site Holocausto Animal, (...) pois ilustra muito bem dois fatos bastante comuns: o analfabetismo funcional e o egoísmo da dor.
(...)
Há uma lei natural do ser humano: a minha dor é sempre a maior dor do mundo. E isso vale tanto individualmente (a minha dor de dente com certeza é mais forte do que a do vizinho) quanto coletivamente. (...) qualquer um que venha tentar equiparar sua dor à nossa já, de antemão, não costuma ser visto com muita simpatia. Ora, que petulância: imaginar que sofre tanto quanto eu! Pior ainda se esse outro for o que milhares de anos de cultura antropocêntrica vieram a estigmatizar como seres “irracionais” e, portanto, inferiores. Comparar a dor humana com a de animais não-humanos, que petulância! Convém lembrar que tanto o massacre dos judeus quanto a escravidão dos africanos tiveram por base a aceitação desse estigma de inferioridade. Não admitir a existência dessa dimensão que se pode denominar “racionalidade”, “alma” ou “psiquismo” nos judeus, nos negros ou nos animais é uma forma de exercício de poder. Se é assim, posso usá-los como bem entender, sem enfrentar dilemas morais.
(...)
Certamente, um desavisado que vá olhar as imagens terá, como primeira reação, o ato reflexo de se sentir ofendido, isso devido ao egoísmo da própria dor e ao desconhecimento do conceito de especismo, temperados pela mentalidade antropocêntrica atávica. (...) por falta de informação [e por não saber interpretar texto], não entende o sentido da mensagem, que é bem mais sutil, avesso a interpretações reducionistas [...].
(...) o paralelo entre a escravidão, a exploração e a matança de judeus e negros com a escravidão, a exploração e a matança de animais existe, queira eu, Rafael Bán Jacobsen, ou não (...). E ela está por aí, é de domínio público [...] [IRONIA] Na dúvida, pelo bem da justiça, todos devem ser processados, não apenas um certo site tupiniquim, fazendo as vezes de bode expiatório. Sejamos coerentes. Processemos o Peta. Processemos Peter Singer. Processemos Coetzee. Processemos Bashevis Singer. Não, esse não, esse já morreu. Processemos então a Academia Sueca, por ter prestigiado esses dois últimos pusilânimes preconceituosos com o Prêmio Nobel. Processemos Rafael Bán Jacobsen, por acreditar que o paralelo existe e por, apesar de ser judeu, não se sentir violentado pela comparação (sente-se violentado, sim, por um grupo de pessoas de quem nunca ouviu falar se dar o direito de se posicionar por ele e dizer “nós judeus estamos ofendidos”). Processemos o inconsciente coletivo. (...) Pobres animais, que não podem reclamar de serem comparados conosco.






"A POLÊMICA RACISMO E HOLOCAUSTO VERSUS VEGANISMO E O TOTALITARISMO"

A controvérsia entre as ONGs ABC sem Racismo e Holocausto Animal por supostas ofensas da segunda à memória de negros e judeus é analisada pelo historiador Bruno Müller, bacharel em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Federal Fluminense, ativista independente pelos direitos animais no Rio de Janeiro/RJ. E-mail: bfmuller@gmail.com

TEXTO:

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"ESCRAVIDÃO, EXPLORAÇÃO ANIMAL E ABOLICIONISMO NO BRASIL"

O advogado Daniel Braga Lourenço escreve sobre o processo de abolição da exploração animal traçando um paralelo entre as situações de escravidão e tráfico de humanos e não-humanos. O autor é membro do Animal Legal Defense Fund – ALDF. Mestre em Direito, Estado e Cidadania pela UGF/RJ. Pós-graduado em Direito Ambiental e em Direito Econômico e Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ. E-mail: maito:dblourenco@hotmail.com

TEXTO:

NÃO RESUMIREMOS ESSE ARTIGO ACADÊMICO.

Tópicos:
1. Servidão Humana: Natureza Jurídica
2. Marcos Legislativos Antecedentes à Abolição
3. Exploração Animal: Condição Análoga à Escravidão
Referências



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ENSAIO: COISAS QUE POSSUEM MENTE

O ativista Luciano Cunha aponta a incoerência moral em se considerar os animais não-humanos como itens de propriedade. O autor é licenciado em Educação Artística com habilitação em música pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), ativista do GAE - Grupo pela Abolição do Especismo, de Florianópolis, e colaborador do site Sentiens Defesa Animal. E-mail: moderador@sentiens.net

TEXTO:

domingo, 4 de novembro de 2007

Advogado Esclarece Alusões a Imagens Históricas




TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES.

Para conhecimento de qualquer um, cito as leis brasileiras que estarão envoltas neste artigo como fruto de pesquisa e aprofundamento.
· Artigo 3º da Constituição Federal, especialmente, seu inciso IV.
· Artigo 5º da Constituição Federal, em sua totalidade, “caput” e incisos.
· Lei 7.716 de 05/01/1989, alterada pela lei 9.459 de 13/5/1997.
· Artigo 20º da Lei 7.716 de 05/01/1989, já atualizada pela lei acima dita.



Primeiro sito que o título da matéria não me pertence. Pertence ao grupo Educacional, grupo de ensino atuante no ramo em nosso país. Pertine ao preconceito.


Inegável, que este artigo tratará do acontecimento em torno das imagens colocadas no sítio eletrônico:

www.holocaustoanimal.org, sítio do movimento social em defesa dos direitos dos animais, e a comunidade negra e judaica, mais especificamente a primeira, em função de representação judicial distribuída ao Ministério Público pelos integrantes e dirigentes do movimento social em defesa da raça negra, sítio eletrônico: www.afropress.com , agência afro-etnica de notícias.


(...)


Diz o artigo 20º da Lei 7.716/89:
“...
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (
Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
...”


Em análise estritamente jurídica, não podemos como seres humanos, o Estado disse isso, praticar preconceito racial, induzir preconceito racial, ou discriminar.


Praticar. Pôr em prática ; REALIZAR. Induzir. Levar (alguém) a agir ou pensar de determinada forma. Incitar. Encorajar ou instar (alguém) a (realizar algo) ; IMPELIR.Discriminar. Manter(-se) grupo ou pessoa à parte. Estes conceitos da língua portuguesa são do dicionário Caldas Aulete.


Em apertadíssima síntese, não me parece, posição singela, isolada, e pessoal, que imagens históricas, imagens que demonstram a crueldade específica desta espécie animal que são os seres humanos, imagens de ícones e heróis de uma luta racial como a Escrava Nastácia, ou os judeus anônimos nos campos de extermínio nazistas, em analogia ao sofrimento existente e inegável dos animais não humanos, seja preconceito. Assim, para mim, não há crime.


Pode ser péssimo gosto. Atitude reprovável. Entendo mesmo que a analogia é sempre perigosa. Muito mais para quem lê, vê e sente. Nós como animais, sentimos. E externamos dor física e moral.


(...)

Numa sociedade plural, aqueles que não compartilham de minha opinião devem ser respeitados. A liberdade de expressão deve ser respeitada também. O respeito a culturas e entendimentos diferentes ao meu, também. Ora, então como agir??? Com diálogo. Com discussão. Com respeito. Sem violência. Posição exposta por George Guimarães, Dirigente do VEDDAS .

Somos seres que permanecem em evolução. Precisamos entender que, não havendo uma conotação jocosa e sim meramente explanativa da aflição e crueldade atinente aos animais, a alusão às imagens históricas colocadas não são posturas criminosas.

Nossa história enquanto espécie humana, não pertence ao movimento judeu ou negro. Pertence aos seres humanos. E se fomos cruéis, insanos, vaidosos, ego centristas, devemos repudiar na totalidade estas posturas.

Não gostei das imagens expostas. Entendo como ser humano, que estampar a violência histórica perpetrada pela raça humana, só gera ódio, desatino e desconhecimento. Posição minha.

Mas defendo a postura de qualquer expressão. Até para exercer a crítica. Até para fazer a reflexão necessária.

Para tornarmos a fazer, deste planeta, um lugar melhor. Um universo de paz.
Abs,


ROGÉRIO S. F. GONÇALVES
advogado - OAB/SP nº 88.387
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